A história é muitas referida como uma linha recta, em que o passado fica para trás e o presente é o ponto da recta em que nos encontramos e no que nos devemos focar.
Eu não concordo, a história não é uma linha recta, mas sim quase como uma espiral, que vai subindo e descendo, sendo que há pontos nessa espiral que quase se tocam.
Por essa mesma razão, devemos tentar ter outras perspectivas e aprender mais com o passado, pois há pontos do presente que se assemelham e dos quais podemos “previamente” tirar algumas conclusões.
Além disso, se nós apenas nos focarmos no nosso presente é quase como se não aprendessemos nada, visto que, se o dia de ontem não interessa, então, quem fomos ontem, também não.
O tempo do presente é relativo e nunca existiria sem passado. O passado, a história é o que nos forma enquanto indivíduos e é simultaneamente uma escola de aprendizagem em que nós sabemos que certas acções podem causar certos efeitos.
Isto, para concluir que nós não podemos fazer o presente sem conhecer o passado. O passado é a base para o conhecimento que nós temos sobre as coisas e é fundamental para termos uma percepção muito mais ampliada.
É também importante entender a história com todas as entrelinhas que tem, pois nada é linear e tudo o que nos é ensinado nunca é a verdade na sua totalidade. É necessário conhecer mais e mais e provavelmente não conseguimos conhecer tudo.
Isto porque a história que nos é ensinada tem tendência a mostrar-nos apenas um ponto de vista - o dos vencedores, mas há sempre o outro lado da moeda e o outro lado da história.
Lados esses que escondem entre as entrelinhas a verdade que nós desconhecemos e que tem perspectivas completamente diferentes e mesmo opostas, que faz com que a história em si, seja alterada.
A espiral é um conjunto de tempos, acontecimentos, pessoas e acções, a história somos nós e não haveria a história que conhecemos sem nós. Por isso precisamos de a conhecer para fazermos parte dela e para a construirmos.
Entre as nossas entrelinhas há sempre uma história, nada é linear e recto.
A espiral cresce, mas decresce, consoante as nossas acções no presente, que não devem, de todo, esquecer a história que passou.